terça-feira, 26 de novembro de 2013

Você teve a ideia mas não é dono dela.


A lâmpada simbolizando uma ideia nas histórias em quadrinhos
se baseia na famosa invenção de Thomas Edison.
(ilustração: http://peregrinacultural.files.wordpress.com )
 

É simples assim: 
mesmo que você
tenha tido a ideia,
ela é de domínio público.
Quem a coloca em prática
é que se torna dono dela.









Os leitores de histórias em quadrinhos sabem que o desenho de uma lâmpada acessa sobre a cabeça (tal como na ilustração acima) ou dentro da cabeça de um personagem significa que ele teve uma ideia ou encontrou a possível solução para um problema. O que nem todos sabem é que a ideia de utilizar a figura da lâmpada para significar uma ideia é baseada na famosa descoberta feita por Thomas Edison, que o levou a inventar a lâmpada elétrica incandescente - que é a que sempre aparece nas historietas. O cientista norte americano que nasceu em 1847 e morreu em 1931 sentia suas dificuldades em fazer seus estudos e pesquisas à luz de velas e lamparinas. Ele sabia que necessitava de algo que produzisse uma iluminação muito melhor e mais duradoura. Edison não foi o primeiro a conceber uma lâmpada elétrica incandescente, mas foi o primeiro a produzir uma que fosse comercializável, utilizando um filamento bem fino, de carbono, capaz de gerar luz após ser aquecido a 900° K (graus Kelvin), isto é, 626,85° C (graus Celsius ou centígrados).
Aquela foi uma das muitas comprovações que sempre ocorrem, de que ideia alguma vem do nada. Toda ideia surge a partir de alguma razão, tal como os personagens das histórias em quadrinhos nos ensinam: eles sempre precisam estar primeiro em apuros para depois terem suas ideias para se livrar dos problemas. O caso de Thomas Alva Edison comprova também que ninguém é dono de uma ideia: outros cientistas antes dele tiveram a ideia, mas foi ele quem criou a lâmpada comercializável e ficou com a fava de "inventor da lâmpada elétrica".
A palavra "ideia" é, às vezes, utilizada como sinônima de "conceito". Neste sentido, fala-se muito, por exemplo, sobre "as ideias filosóficas de Platão". Outras vezes ela é empregada com sentido de "estratégia", "plano", "planejamento", "invenção", "solução", etc., porque todos esses sentidos convergem para um só: conseguir realizar um objetivo. Vem daí a palavra "idealismo" e suas tendências: "idealismo político", "idealismo sociológico", etc. 
Tudo isto significa que a ideia é proveniente de um estado consciente e é sempre dirigida a algo ou sobre algo, mas seu resultado só se confirmará através da prática. A prática é uma realização que comprova o que antes era só uma teoria - ou ideia. Entretanto, é preciso ter o cuidado de não confundir "ideia" ou "teoria" com "hipótese". A hipótese é uma suposição sobre algo que poderia ocorrer ou já ter ocorrido. Por isto, quando dizemos que é preciso transformar a ideia em prática, costumam surgir discussões e controvérsias, pois pode haver muitas diferenças entre o que é pensado ou planejado, o que é dito e o resultado do que será feito. Porém, quando a prática traz resultados, os méritos são de quem praticou, não necessariamente de quem teve a ideia.

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