Existem duas teorias surgidas logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, mas que ainda hoje influenciam os pensamentos de muitos economistas. Uma delas considera que o consumo é um fator muito importante para determinar a renda de uma pessoa ou de uma família. Os que aderem a essa corrente não consideram que o modelo de equilíbrio esteja relacionado às quantidades, e sim aos preços. De acordo com essa linha de raciocínio, as funções de demanda dependem das funções de oferta e a estas estão relacionados as dotações iniciais dos fatores e os preços. O consumo agregado não é considerado importante, eleva-se a importância da demanda agregada quando não há equilíbrio entre os mercados.
A outra linha de pensamento - a "teoria do desequilíbrio" - diz que quando ocorre o desequilíbrio entre os mercados, os ajustamentos são de quantidades. Assim, a renda e o consumo assumem papéis igualmente importantes. Isto evidencia a clareza do equilíbrio do pleno emprego como fator determinado pela demanda autônoma, e justifica a intervenção do governo na economia.
O erro das estimativas
De acordo com a primeira teoria, quando ocorre aumento da renda, o aumento do consumo também ocorre mas é menor do que o da renda. Portanto, quanto maior for o nível da renda, menor será a proporção da renda gasta em consumo. Em outras palavras, se a renda e o consumo aumentam, mas o consumo aumenta menos do que a renda, a diferença entre o consumo e a renda tende a ser cada vez maior.
Essas teorias foram utilizadas para estimar o consumo do período pós guerra, mas as estimativas erraram muito. E erraram para baixo. O consumo registrado naquela época foi muito maior do que o previsto, e isto gerou muitas dúvidas sobre a existência e a estabilidade da função consumo. As razões disso serão percebidas no decorrer da leitura dos próximos artigos.
No próximo artigo: "As características técnicas de um produto".
No próximo artigo: "As características técnicas de um produto".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por prestigiar este site!