terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Solidariedade e Trabalho em Equipe - Os Exemplos Mostrados pelos Elefantes

As imagens deste vídeo
(no Brasil, divulgado pelas redes Globo e Record)
foram mostradas em quase todo o mundo
durante dezembro passado. 
Os noticiários das TVs 
destacaram a solidariedade entre os animais, 
mas o vídeo revela também outra lição
dada pelos elefantes:
o resultado de um eficiente trabalho em equipe. 
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Programas de jornalismo em TVs de vários países mostraram, durante o mês passado, o vídeo acima, mostrando elefantes africanos tentando - e conseguindo - salvar um filhote que se afogava. O destaque foi dado para a demonstração de solidariedade entre os animais, mas minha atenção também foi atraída para outro exemplo: o resultado de um bom trabalho em equipe. Isto me levou a fazer uma pesquisa um pouco mais profunda sobre a vida dos elefantes africanos (existem também os asiáticos) em enciclopédias e em outras fontes,  em busca de outros exemplos de atuação conjunta mostrados por eles. Acreditem: encontrei muitos. São também provas de que os animais agem instintivamente, mas também raciocinam - estudos científicos recentes já confirmam esta realidade, mas muita gente ainda tem dificuldade em admiti-la. 


Na foto,
as diferenças bem visíveis entre o elefante asiático (à direita) e o africano. 


Costumamos ouvir dizer que existem duas espécies de elefantes: a africana e a asiática. Na verdade, são três: há duas espécies distintas na África, que não são muito diferentes quanto ao aspecto físico mas, segundo os cientistas, apresentam divergências em seus códigos genéticos. Uma dessas espécies, a "Lordoxona africana", vive nas savanas. A outra, "Lordoxona cyclotis", prefere as florestas. Mas as diferenças entre os elefantes da África e os da Ásia são fáceis de ser percebidas, como se pode observar na foto. O asiático é menor, chegando a ter em torno de dois metros de altura e a pesar em média 10 toneladas. O africano chega a atingir quatro metros de altura e a pesar 12 toneladas. Além disso, as orelhas do africano também são bem maiores. Os elefantes vivem em média até 120 anos.

Porém, o que me levou a publicar este artigo não foram as aparências físicas desses animais, e sim a demonstração de inteligência que eles nos dão no que se refere ao comportamento de toda a manada, atuando constantemente como uma grande equipe organizada. Há, a meu ver uma clara evidência de que não se trata apenas de atitudes por instinto: o instinto se associa à inteligência. Percebe-se, claramente, atitudes estrategicamente planejadas. Observem, no vídeo acima, que os elefantes não tentaram salvar o filhote usando apenas uma forma de tentar obter sucesso. Eles fizeram uma primeira tentativa e, ao perceberem que não estava estava dando certo, mudaram de estratégia, depois mudaram novamente, até chegarem ao objetivo final.  Um verdadeiro trabalho em equipe onde cada membro assumiu uma função, mas atuando em combinação com todo o grupo. Perceba também que um deles assumiu, desde o início, a condição de líder, e soube manter sua liderança até o final. 
Assim é também quando os elefantes migram. Ao vermos aquelas famosas cenas de filmes de aventuras, com enormes manadas de elefantes andando pelas savanas, parece-nos que o grupo anda desordenadamente, apenas seguindo o líder. Porém não é bem assim.
A manada de elefantes permanece num determinado local enquanto há vegetação (alimento) e água suficiente para suprir as necessidades de todos os seus membros. Quando ocorre a escassez, realizam um êxodo, marchando em busca de locais onde possam sobreviver com mais facilidade. Mas a marcha é muito bem organizada.
Imagine um desfile de uma escola de samba. À frente, vai a comissão de frente. Em seguida vem a ala das baianas, a bateria, e assim por diante. Em sua caminhada, os elefantes agem de forma de semelhante: eles se organizam. E primeiro lugar, é preciso escolher um líder. Então, os elefantes mais fortes lutam entre si, dois a dois, até um vencer todos. Não se trata de uma rivalidade, mas da escolha do mais forte, pois a sobrevivência do grupo na sela exige isto. Mas o líder não comanda a manada sozinho: atrás dele, vem alguns dos mais fortes, que atuam como seus assessores. Atrás destes, seguem os elefantes mais velhos do grupo (machos e fêmeas), auxiliados por alguns jovens. Em seguida, vão as fêmeas grávidas e com filhotes, cada uma delas acompanhada por dois machos adultos que atuam como agentes de segurança protegendo as fêmeas e os filhotes para o caso de surgirem predadores (leões, leopardos, humanos, etc.). 
Há, evidentemente, situações em que o esquema falha. Neste caso, eles mudam de estratégia, e os elefantes que vinham até então realizando determinadas funções são substituídos por outros menos cansados e assumem outras funções menos cansativas, mas igualmente importantes. Assim procedem e prosseguem até o final da jornada. 
Organização, responsabilidade de cada um e ao mesmo tempo de todos, funções específicas em consonância com as funções em geral, capacidade de liderança e demonstrações de competência: juntando estes quesitos, os elefantes nos mostram que os caminhos são difíceis (ocorrem ataques de leões, de caçadores humanos, etc.), mas apesar das perdas e dos sacrifícios inevitáveis, a manada sempre obtém sucesso e chega ao destino, e nos ensina uma coisa: é claro que a solidariedade é importante, mas só é bem sucedida se houver um consenso geral e estratégias bem planejadas e organizadas. 


Fontes pesquisadas:

  • Enciclopédia Conhecer - Vol. IV - editora Abril - São Paulo (SP)
  • Eciclopédia Delta-Larousse - Vol. II - editora Delta - Rio de Janeiro (RJ)

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