segunda-feira, 18 de abril de 2016

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sexta-feira, 15 de abril de 2016

O que é "inovação social"?

Mais importante
do que saber
o que é a inovação social
é saber interpretá-la
sob o ponto de vista ético.


Existem muitas definições para o que chamam de "inovação social". A mais aceita se refere a conceitos e novas estratégias relacionados a todos os tipos de necessidades sociais, incluindo condições de trabalho, educação, saúde, desenvolvimento de comunidades, etc., para fortalecer a sociedade civil. Como "sociedade civil" inclui um conjunto de instituições voluntárias que servem como mecanismos de uma ação dentro da sociedade, e como "sociedade" é todo conjunto de pessoas mesmos objetivos, levando-as a formar comunidades, é impossível não relacionar princípios éticos.
Empreendedor não é só alguém que inicia um negócio próprio. É alguém que, mesmo sendo empregado, empreende. "Empreender" é tomar a iniciativa de inovar. "Inovar" significa criar recursos antes não existentes até transformar algo aparentemente inútil em algo útil e importante para agregar valores. Para justificar esses valores, é preciso respeitar os valores éticos e os princípios éticos. A inovação nem sempre é técnica e nem sempre é material, mas, mesmo que assim seja, tem que ser sempre também social. Quem inova tem que estar ciente do momento certo e de como buscar oportunidades para inovar. Sim, porque inovar é preciso, mas para isto é preciso buscar as oportunidades, não ficar esperando por elas. 

Não se pode ficar esperando até que de repente surja uma "ideia brilhante". Geralmente as ideias surgem de ideias anteriores, mas para isto é preciso buscar a origem destas ou pelo menos onde elas estão.
Para serem bem sucedidas, as inovações exigem mudanças. Claro, porque sem mudanças, não poderiam ser inovações. O mais importante é saber que a disciplina na inovação é que é a principal base para o sucesso. Essa disciplina precisa ser interpretada na forma de um exame sistemático nas áreas de mudança para potencializar oportunidades empreendedoras principalmente sobre o ponto de vista ético.


Ilustração: Arquivo Google   

terça-feira, 12 de abril de 2016

A publicidade infantil deve ser proibida?

Organizações 
que defendem
os direitos da criança e do consumidor
querem o fim da publicidade infantil.


Em 1992, um comercial na televisão mostrava uma tesoura escolar com um desenho do Mickey e um menino desenhando a frase "Eu tenho, você não tem". Nos dias atuais isto seria considerado uma espécie de "bulling" virtual. É por causa de propagandas comerciais assim que, desde 2014, quando o Conselho Nacional da Criança e do Adolescente (Conanda) publicou uma resolução contra publicidades que se aproveitam da incapacidade de julgamento das crianças, os órgãos legisladores vem sendo pressionados para acabar com a publicidade infantil. 
A resolução se baseia num entendimento do Conselho de Defesa do Consumidor, que define como abusiva a publicidade e a propaganda direcionadas às crianças para fazer com que estas persuadam seus pais a comprarem o que elas desejam. também baseado nisto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), no mês passado, decidiu considerar ilegal o uso de qualquer propaganda destinada ao público infantil como aquela dos biscoitos Balducco, que condicionava a necessidade de comprar os biscoitos para ganhar um relógio do Shrek. 
Talvez proibir totalmente todo e qualquer tipo de publicidade destinado ao público infantil seja um exagero. Entretanto, realmente alguns tipos de propagandas comerciais como os já aqui mencionados passam dos limites necessários. Uma propaganda do tipo "eu tenho, você não" traz como efeito algo como "eu posso, você não pode" pode provocar a baixa estima nas crianças cujos pais, pelo menos naquele momento, não estejam em condições de comprar o que elas desejam. A venda de alimentos com brinquedos também pode trazer como consequência a mal-educação alimentar: crianças fazem seus pais comprarem determinados alimentos para ganhar os brinquedos, e muitos desses produtos são excessivamente calóricos. São propagandas e comercializações inescrupulosas por ser levado em consideração o alto risco que elas causam à saúde das crianças, podendo causar problemas como obesidade, problemas cardíacos e riscos de contrair diabetes. 
Felizmente algumas empresas fabricantes de produtos infantis (brinquedos, alimentos, etc.) já começaram a criar restrições voluntárias tanto nas estratégias de marketing quanto na própria comercialização. Paralelamente, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (Abir) propõe que os fabricantes desses tipos de produtos não realizem ações de marketing e publicidade nos horários de programas de televisão em que mais de 35% da audiência sejam compostos por crianças com menos de 12 anos. Não é grande coisa, mas já é um começo que pode ajudar, já que canais de TV a cabo com programação exclusivamente infantil, por exemplo, não poderiam veicular propagandas comerciais de refrigerantes ou sucos artificiais em horário algum.  

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

"Promoção" nem sempre é "preço baixo".

Os produtos em promoção
são sempre expostos nos locais de venda com mais destaque
mas nem sempre com preços menores.
(fotos: Poli Consultoria)
No comércio,
o que as pessoas
chamam de "promoção"
na verdade tem outro nome:
"marketing promocional".



Às vezes, numa loja, ouvimos as pessoas dizerem, surpresas com os preços altos altos de alguns produtos: "Ué!...Mas não estavam em promoção?". Talvez os produtos realmente estejam em promoção. É que, no comércio, "promoção" não significa "produto mais barato". O marketing promocional, popularmente conhecido como "promoção", nada mais é do que a prática do merchandising. A partir de 2011, sua definição ganhou novas formas de entendimento que nos levam a concluir que se trata da promoção de um produto ou um serviço, ou sua marca, para que os consumidores ou clientes percebam seu valor de modo que vejam isto como algo mais importante do que simplesmente o preço. 
As atividades promocionais aplicadas a produtos, serviços e marcas são feitas buscando a interação entre esses itens e seu público-alvo (o tipo específico de consumidores ou clientes a quem eles possam interessar) para promover as vendas. Vem daí, portanto, o nome "promoção". É desnecessário dizer que a promoção visa atrair mais consumidores e clientes, pois este o principal objetivo de qualquer atividade do marketing. Esse tipo de promoção visa, como eu já disse, incrementar a percepção do valor do produto usando-se técnicas e pontos de contato (locais de venda, visitas domiciliares, etc.) com destaques que ativem a compra.
Isto quer dizer que "promoção" não tem relação alguma com "desconto". O desconto é uma das muitas formas de promoção. A promoção se concretiza quando a pessoa que aproveitou dia para várias outras: "Comprei o produto tal, na loja tal, e custou o preço tal." Ou seja: o desconto não foi a promoção; a promoção propriamente dita foi ativada pela pessoa que comprou o produto. É uma forma de comunicar sobre o produto e fazer com que as pessoas que os compram estendam essa comunicação.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Ética Empresarial: infelizmente, na maioria dos casos, a prática não corresponde à teoria.

Nos cursos
e nas publicações 
sobre gestão e liderança,
sempre se enfatizam questões
sobre lideranças 
e cultura organizacional.

Entretanto, infelizmente na maioria dos casos a teoria e a prática não se relacionam. Como diz Rose Mary Almeida Lopes, doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), os cursos e livros sobre gestão empresarial sempre recomendam a adoção de uma conduta transparente pautada em acordos e códigos de ética, mas sem órgãos ou instâncias aos quais se reportem desvios de conduta. Segundo ela, cotidianamente o que se vê são muitos desvios e malfeitos raramente sendo encaminhados e corrigidos. Há discrepâncias entre os discursos e o que realmente acontece. "Parece que, quanto maiores são os benefícios e valores envolvidos, maior pressão existe sobre determinados agentes e indivíduos para que se conformem, deformem ou saiam dos jogos em condições de denunciar", diz a psicóloga. Ela revela que geralmente não há uma discussão aberta ou preparação dos empreendedores sobre como o mundo dos negócios pode se revelar obscuro e perigoso. Como resultado, a maioria dos novos empreendedores se torna vítima fácil de tramas bem armadas por "espertos" que sabem como não deixar pistas ou usam fortes recursos de dissuasão. 
Rodrigo Pinho Bertoccelli, colunista do Uol Notícias, diz que a vida nos impõe escolhas e por isto a ética é um objeto de estudo muito importante para aperfeiçoarmos a convivência humana. "Se considerarmos o início do pensamento ético na Grécia antiga, tendo Aristóteles como seu maior expoente, é certo que os dilemas que as sociedades enfrentam aumentam cada vez mais a complexidade das decisões" - ele diz. Para Rodrigo, é isto que nos obriga a nos aproximarmos ainda mais da ética, sobretudo na atual realidade brasileira, em que a palavra "corrupção" se tornou tão cansavelmente repetida nos noticiários. 
A palavra "corrupção" tem como significado uma expressão muito conhecida: "inversão de valores" - que na verdade utilizamos para nos referirmos à inversão de valores éticos. Observando tanto o que dizem Rose Mary e Rodrigo, e observando atentamente as principais notícias que surgem nos jornais, telejornais e na internet, concluímos que falta o que Rodrigo chama de "um compromisso coletivo e articulado" envolvendo governos (municipais, estaduais e federal), empresas, universidades e a sociedade civil organizada. 
Nenhum desses grupos é um grupo isolado. Cada um deles é parte de um todo. Esse "todo" é constituído por todos nós. Cada um de nós - você também, leitor(a) - deve se preocupar com a maioria das formas de fazer negócios que são utilizadas no país. Caso contrário, nunca se encontrará uma solução para os problemas que já existem e muitos outros ainda mais graves surgirão no decorrer do tempo. Precisamos fomentar uma cultura empresarial baseada na ética para aprimorar o âmbito jurídico e fortalecer todas as instituições legais, poque estas, quando perdem a autoridade, põem em risco todas as nossas conquistas - inclusive as pessoais. 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Funcionário que vende vale-refeição ou vale-alimentação pode ser punido por isto.

Foto: Globo.com
O funcionário
que faz isto
pode até 
ser demitido 
por justa causa. 

A venda, troca ou qualquer que seja a forma como o funcionário use seu vale-refeição ou vale-alimentação para obter dinheiro é ilegal. Consequentemente, comprar o vale ou recebê-lo em troca do que quer que seja também é crime. Muita gente alega não saber disto, mas a razão é óbvia: o vale-refeição ou vale-alimentação é um crédito que a empresa oferece ao funcionário para que ele possa almoçar em algum lugar próximo ao local de trabalho sem que isto prejudique suas condições de voltar ao trabalho. Vender o vale é vender um crédito, e isto, segundo advogados, é estelionato.
No Uol Notícias, o advogado Walter Luiz Verquietini, especialista em direito do trabalho, explica que a venda do vale pode ser considerada falta grave. 
Verquietini explica que as finalidades do vale-refeição são melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, evitar atraso no retorno ao trabalho e eliminar a necessidade do trabalhador ter despesas com transporte na ida para o almoço e volta para o trabalho. "Para isto o governo concede incentivos fiscais às empresas que aderem ao sistema e fornecem o benefício aos empregados", explicou o advogado. Isto quer dizer que o empregado que, ao vender ou negociar o benefício, o empregado prejudica a coletividade porque isto reflete diretamente no sistema de arrecadação da Receita Federal, no funcionamento da Saúde Pública, etc.
Infelizmente esta é uma prática muito comum no Brasil. A vergonha maior é que muita gente acha que não tem nada demais. O advogado diz que cerca de seis por cento das pessoas que têm empregos prefere negociar o vale-refeição para obter um complemento salarial a usá-lo pera suas reais finalidades. Quem faz isto não pode reclamar dos atos de corrupção de políticos, de empresários, etc., pois é corrupto também.  

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A Ética do Lucro

Ilustração: http://era.org.br/
O lucro
é a parte mais sensível
de uma organização.
Por isto,
todo cuidado relacionado a ele
é pouco.


Isto significa que, às vezes, um equívoco pode significar um desrespeito a princípios éticos involuntariamente. Neste caso, é necessário um código de ética. Não um código de ética como aqueles específicos que costumam estabelecer para cada categoria de profissionais (médicos, dentistas, engenheiros, etc.). Não é que seja necessário um código de ética exclusivo da empresa, mas um que seja criado para orientar os funcionários em suas ações e decisões de modo que não pareça que eles queiram enganar os clientes da empresa. O desrespeito a esses princípios, proposital ou não, sempre traz péssimos resultados para a empresa e favorece muito as organizações concorrentes. Para isto, basta que seja um instrumento baseado num código de ética único: o do respeito à cidadania.
Criar um código de ética assim é algo que requer muito cuidado principalmente porque se trata da criação de um instrumento para orientar as ações e o desempenho dos funcionários objetivando sua interação com um público que é sempre muito diversificado. Para isto é necessário que o conteúdo do código de ética seja especificado com o máximo de clareza, pois precisará ser bem compreendido por todos os funcionários. O lucro da empresa dependerá muito disto, pois ele depende altamente dos projetos, das razões desses projetos, dos objetivos a serem alcançados. Isto obriga a empresa  a respeitar a ética e, embora algumas pessoas cometam o absurdo de dizer que que os princípios éticos nem sempre condizem com a realidade, basta que a empresa elabore seu próprio código de ética especificando eficazmente sua estrutura organizacional para que a atuação dos funcionários e dos demais colaboradores (fornecedores, distribuidores, revendedores, etc.) seja devidamente orientada através dele.
A ética das empresas é algo que vem sendo cada vez mais exigido pela clientela. Isto tem uma razão bem nítida: clientes não gostam de ser ou de se sentir enganados. A empresa que alcança uma fama de conduta correta se torna facilmente capaz de fazer com que os consumidores escolham seus produtos ou serviços apenas por conhecer essa fama. Entretanto, se um consumidor for ou se sentir prejudicado, essa notícia se espalha com uma rapidez incrível, de boca em boca, pela internet, através de reclamações aos órgãos de defesa do consumidor, etc. Nos dias atuais, basta que ocorram poucos assim para que a empresa passe a operar "no vermelho" e, em pouco tempo, encerre suas atividades para sempre. 
Modificar o comportamento dos colaboradores, entre estes os próprios funcionários, não é uma tarefa fácil mas também não é impossível. Para isto existem os consultores empresariais, que são profissionais especializados nessa área. Eles auxiliam analisando casos em que podem ser detectados casos de desrespeitos voluntários e involuntários a princípios éticos e mostrando caminhos para possíveis soluções. Não basta publicar um código de ética num livro. Tudo depende de muita prática e de exemplos a serem dados pela própria empresa. Quem ainda pensa que com o famoso "jeitinho" o lucro vem com maior facilidade está muito enganado. A estratégia através de comportamentos éticos impõe limites, mas são esses limites que promovem o lucro.