sexta-feira, 26 de março de 2010

Propaganda enganosa - um alto risco contra a própria empresa que a pratica.

Como já foi dito em outros artigos já publicados neste site, a importância dos programas de ética nas empresas se evidencia por envolver liderança corporativa, garantia de sustentabilidade, ética nos negócios e dentro da própria empresa, responsabilidades social e ambiental, cidadania, programas de marketing voltados a causas importantes e outros fatores sempre citados em conferências, congressos e seminários com as participações de executivos, administradores e pessoas envolvidas em atividades relacionadas a questões trabalhistas, empresariais, sociológicas, políticas, sindicais, etc. Isto confirma a ética como tema principal cada vez mais presente em todas as discussões de grande importância para profissionais e empresas atuantes em todas as áreas. Por esta razão, as discussões também sobre a ética na publicidade não podem deixar de existir nesses eventos. 
O avanço da globalização mundial - que não acontece porque se queira ou não se queira, mas por se tratar de uma consequência inevitável de uma série de fatores históricos, sociais, políticos e econômicos - é um dos principais aceleradores do avanço da tecnologia como um todo, mas especialmente da tecnologia da informação. Isto obriga cada organização e cada profissional de qualquer setor a manter e acumular um volume incessantemente crescente de conhecimentos. Isto faz com que todos os elementos envolvidos nesse processo percebam, cada vez mais, a necessidade de utilizar a ética para que sua imagem pública seja a mais positiva possível. Também cresce o índice de persepção de que isto só é possível através do crescimento da melhoria de relações empresa-funcionários, empresa-clientes, funcionários-clientes e empresa-funcionários-clientes. 

Observações primordiais

Estas são algumas das razões que me levam a destacar algumas questões que me parecem ao mesmo tempo óbvias e primordiais. Quando a empresa tenta obter vantagens sobre seus clientes através de anúncios antiéticos - ou, como se diz popularmente, "propaganda enganosa" - ela até poderá obter algum lucro em curto prazo, mas os prejuízos que virão logo em seguida serão devastadores. Hoje em dia, as informações chegam até nós com uma velocidade impressionante. Lembro-me sempre de que, há poucos anos, nós nos espantávamos com o fato de que um repórter de televisão entrava no ar com um "flash" ao vivo cinco minutos depois que ocorria algum fato importante, mas em 2001 nós não vimos "flashes" logo após o ataque terrorista de 11 de setembro em Nova Iorque: nós o assistimos ao vivo, em tempo real, através da televisão.
Essa espantosa velocidade com que as informações nos chegam atualmente me parece evidenciar que as propagandas enganosas estão com seus dias contados: se não houver de fato uma ação legal que funcione contra elas, virá uma ação devastadora para as empresas que partirá dos próprios consumidores ou clientes quando estes descobrirem ou pelo menos desconfiarem que a propaganda é enganosa. Tenham a certeza de que isto ocorrerá rapidamente e fará com que muitos clientes se sintam compelidos a procurar serviços e produtos de outras empresas e a aconselhar outros a fazerem o mesmo. Depois disto, a empresa terá que investir muito tempo e muito dinheiro na tentativa de recuperar sua imagem pública. 
Um programa de ética empresarial certamente ajudará muito a garantir que os funcionários aprendam a lidar com determinadas situações e a contribuir para que o local de trabalho se torne agradável. Entretanto o programa de ética empresarial não será completo se não for incluída nele a ética publicitária, a qual está diretamente relacionada à ética do lucro. Sua ausência no programa dificultará o desenvolvimento da participação da organização no mercado e permitirá que a insatisfação da clientela favoreça o desenvolvimento das concorrentes. 


A seguir: "As necessidades impostas pelo dinamismo do mundo"

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