O desenvolvimento do produto

O produto se torna real durante sua fase de desenvolvimento, graças a um trabalho técnico que inclui o detalhamento de características e especificações, projetos de engenharia e métodos de produção, confecção de protótipos e testes de laboratório. O protótipo é uma versão que permite prever como será o produto final e viabiliza análises técnicas e de mercado mais precisas. Os técnicos do projeto cuidam da escolha de materiais, componentes, processos de fabricação, montagem e qualidade. Ao mesmo tempo, atualizam-se as estimativas financeiras. Após todas as etapas de desenvolvimento, vem a fase de testes de validação do produto

Os testes de validação permitem a avaliação da viabilidade global do produto. O departamento de marketing realiza testes de mercado para avaliar a publicidade, os preços, as ações promocionais, os primeiros possíveis compradores, onde ocorreram as primeiras compras, as condições em que essas compras foram efetuadas e as possibilidades de repetição de compras. 

Esses testes medem as possibilidades de fracassos que poderão trazer altos prejuízos às finanças e às imagens do produto, da marca e da empresa. Os resultados ajudam a rever projeções mercadológicas, técnicas e financeiras e a evitar problemas. Porém, o fim dessa etapa é apenas o início de muitos trabalhos. Depois deles começa a etapa de produção plena, que complementa a implementação dos planos de produção e de marketing. O departamento de marketing informa à área de produção qual será o produto a ser fabricado, quantas unidades serão produzidas e quando ocorrerá a fabricação. Depois os produtos receberão preços e, sem seguida, serão distribuídos no mercado e promovidos pelo marketing. 

Essa interdependência entre os setores de marketing e de produção facilita a tomada de decisões sobre a utilização e a expansão da capacidade instalada, de investimentos em novas tecnologias e de níveis desejados de qualidade e custos. Na maioria dos casos, quando um consumidor descobre que há um novo produto no mercado, ele o compra, o usa e, se gostar do produto, voltará a comprá-lo. Em linguagem de marketing, essas três etapas do consumidor - compra, uso e retorno à compra - são chamadas de "etapas de experimentação". 

Evidentemente, os comportamentos dos consumidores não podem ser avaliados como uma regra geral. Eles diferem na disposição para adotar produtos que ainda não conhecem ou de produtos que signifiquem mudanças de hábitos ou de preferências. Na fase inicial - conhecimento do produto - poucos o compram e menos ainda o adotam imediatamente. Porém, com o passar do tempo, os que o compraram passam informações a amigos, familiares, etc. sobre suas experiências pessoais, e os que aprovaram o produto certamente o recomendarão. Mesmo os que não gostaram não conseguirão convencer a todos os seus amigos que o produto não é bom - há os que pensam: "Ele não gostou, mas talvez eu goste." Logo, mais consumidores o comprarão. Isto significa que os modelos de difusão dos novos produtos dão uma idéia mais clara da rapidez e da intensidade com que os consumidores adotam inovações. 

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