quarta-feira, 30 de junho de 2010

O poder nas empresas e outras organizações

Para que uma pessoa ou um grupo detenha poderes, 
precisa de pessoas
sobre as quais os poderes possam ser exercidos. 
Portanto, não existe poder independente nem ilimitado.


Um bom líder sempre pensa, planeja e age de maneira que seus funcionários e clientes sintam que necessitam da empresa e dele. Isto lhe garantirá a fidelidade dos funcionários e dos clientes. 
Existem vários tipos de poderes. O político, o do pensamento (positivo ou negativo), o do chefe de uma tribo, o do líder religioso, o de mercado, etc. Mas o poder que será o tema de uma série de artigos a partir deste é o que deve ser exercido por líderes de organizações sociais - empresas, escolas, associações, igrejas, etc. Todo poder é limitado. Para que uma pessoa ou um grupo exerça poderes, é preciso, no mínimo, existir pessoas sobre as quais os poderes devem ser exercidos. As pessoas que detêm poderes precisam também da existência de um conjunto de estruturas, estratégias e informações confiáveis para conseguir seus objetivos. Portanto, não existe poder ilimitado nem independente. O poder é a capacidade de uma pessoa ou um grupo exercer influências sobre outras pessoas ou grupos, mas isto só é possível depois que o detentor do poder conseguir identificar as motivações das pessoas a serem influenciadas. Para isto ele precisa primeiro identificar as fontes de seu poder.

As fontes de poder segundo Galbreith 

Para descobrir o que pode motivar outras pessoas, o líder de uma organização precisa primeiramente identificar quesitos básicos dos quais seu poder deve provir. Esses quesitos são chamados "fontes de poder". John Kenneth Galbreith - Ph.D. em Economia Agrícola com mestrado e doutorado pela Universidade da Califórnia - identificou três dessas fontes como fundamentais: a personalidade, que é o conjunto de características pessoais de uma pessoa (inteligência, conduta moral, etc.); a propriedade ou riqueza, que é o conjunto de bens que uma pessoa possui, e a organização ou as organizações (escola, associação, igreja, etc.) da qual participa.
Galbreith diz que a personalidade é o estágio mais antigo do exercício do poder. É o que mais atrai profissionais como jornalistas, radialistas, profissionais de marketing, mas também advogados e outros que vêem nela a possibilidade de participarem em programas de televisão como entrevistados e de se destacarem publicamente através de jornais e outros meios, não necessariamente porque querem "aparecer", mas porque precisam disso profissionalmente. A propriedade e a organização não os conduzem a essa possibilidade.
Segundo Galbreith, a propriedade ou a riqueza de uma pessoa ou de um grupo transforma outras pessoas e outros grupos em seus submissos. Entre estes, estão os funcionários em relação aos seus chefes. Mas esses mesmos funcionários se tornam detentores do poder quando diante deles, em casa, se tornam submissos os empregados domésticos, e os demais membros de organizações (associações de moradores de bairros, clubes, etc.) das quais são presidentes. Neste caso, a pessoa ou grupo que detém poderes por interesses específicos pode até "comprar" certos tipos de políticos, de advogados e outras pessoas susceptíveis a subornos e até chantagens. 
Galbreith destaca a organização como a fonte de poder mais importante porque, segundo ele, são necessárias para que a pessoa garanta seu poder. Isto quer dizer que o declínio do poder proveniente da personalidade e da propriedade pode estar relacionado ao crescimento dos grupos organizados. Por serem instituições formadas por pessoas que se organizam para defender temas específicos, especialmente os de utilidade pública e social, essas instituições conquistam facilmente patamares sociais mais elevados e conquistam um reconhecimento público capaz de transformá-las  nos chamados "movimentos sociais".

A seguir, como sequência deste artigo: "A alternância de poder"  

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