A economia digital é, na verdade, uma infraestrutura global de telecomunicações através da qual as pessoas e as organizações podem se comunicar, interagir, planejar, adquirir produtos e serviços, etc. Hoje em dia, muitos serviços são prestados apenas por este meio. Isto traz um conceito de convergência entre a tecnologia de informação e a tecnologia de negócios. Portanto, em vez de se limitar aos já ultrapassados sistemas de automatização de processos velhos e repetitivos, as organizações podem alcançar novas conquistas com muito mais rapidez.
Como diz um ditado, uma coisa leva a outra. Neste caso, leva a uma convergência entre as operações desde a ideia inicial até o consumidor, dando maior coesão à cadeia de valor. Nessa relação, surge a figura do "prosumer" (leia o artigo anterior). Por ser digital, a empresa utiliza os serviços de intranet, extranet e wireless para, respectivamente, conectar suas atividades internas, seus parceiros comerciais e seus clientes.
A "bolha" da internet
Chama-se de "bolha da internet" a uma série de fenômenos ocorridos mundialmente de 1995 a 2001. Naquele período as bolsas de valores dos países ocidentais registraram extremos aumentos no valor de mercado das empresas ligadas à tecnologia da informação (TI). A combinação de juros baixos, a especulação e uma série de empreendimentos (atualmente usa-se muito a palavra "empreendedorismo") causou um excessivo número de casos de "sucesso" em TI, mas que em pouquíssimo tempo se transformaram em casos de fracasso. Foi aí que surgiram as empresas "pontocom" - ou ".com" - baseadas na internet.
Os modelos de negócios das ".com" eram baseados no número de acessos, visibilidade e criação de comunidades virtuais, e mantidos pelo capital de risco - que, na época, era abundante. O objetivo era gerar uma ampla vantagem competitiva para obter amplos lucros futuramente. Houve altíssimos gastos com propagandas pela televisão em horários nobres, construção de sedes luxuosíssimas, aquisição de muitas empresas tradicionais. Era muito evidente que algo estava errado. Porém tudo isto serviu apenas para confirmar algo que sempre digo: sem princípios éticos, o fracasso é inevitável. Muitas foram as empresas que sucumbiram e nunca mais se reergueram.
A seguir: outros efeitos do estouro da bolha da internet
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