segunda-feira, 26 de abril de 2010

Diferenças individuais - Parte 1

Um estudo analítico 
das teorias de Frëud, Maslow e Herzberg
- incluindo "prós" e "contras" -
pode ajudar a estabelecer bases
para um programa de ética empresarial.


Sigmund Frëud, o "Pai da Psicanálise", dizia que o conteúdo psicológico de cada pessoa é diferente dos das outras e a encaminha numa determinada direção, mas é causado por fatores internos e externos. "Conteúdo psicológico" é o conjunto de todos os fenômenos resultantes da relação entre a natureza real e abstrata da pessoa, sua mente e fatos psíquicos. 
Para entendermos melhor o que isto significa, basta lembramos que costumamos nos dedicar muito mais às atividades para as quais estamos motivados. Como a motivação se manifesta em cada pessoa de maneiras e por razões diferentes, não pode ser tratada de forma generalizada. Por exemplo, pessoas que gostam de ler sempre arranjam tempo para uma leitura. A pessoa que disser que gosta de ler mas não lê porque não tem tempo está mentindo. 
"Motivação" não significa "vontade", mas a vontade é uma das principais razões da motivação. Se você estiver para ler um livro e se preocupar primeiro em saber quantas páginas ele tem, provavelmente você só lerá no máximo as dez primeiras páginas, pois não estará com vontade de lê-lo. Quando queremos de fato ler um livro, não nos preocupamos com o número de páginas, nós o lemos totalmente. 
Atividades que para algumas pessoas são cansativas, "chatas", monótonas ou ilógicas são, para outras, atraentes, prazerosas e até divertidas. É que os valores, as necessidades, os interesses, a organização familiar, a formação profissional e outros fatores característicos de cada pessoa são diferentes dos das outras. Isto gera experiências e sentimentos diferentes que condicionam as motivações de cada um de nós. Um dos fatores que mais influenciam no grau de diferenças de motivação é o grau cultural, mas conhecido como "background cultural". A palavra em inglês se justifica por se tratar de uma informação sobre um processo que ocorre de forma secundária, e que o grau de importância dado a ele variará de acordo com o acúmulo de conhecimentos gerais - ou "bagagem cultural" - que a pessoa tiver. 

Necessidades primárias

Na década de 1950, o psicólogo norte americano Abraham Maslow desenvolveu uma teoria segundo a qual as necessidades humanas se organizam hierarquicamente e a tentativa de satisfazê-las é o que motiva a pessoa a tomar decisões. Maslow dividiu essas necessidades humanas em dois tipos: primárias e secundárias. 
As necessidades primárias foram ainda divididas em duas subcategorias: fisiológicas e de segurança. As fisiológicas - como fome, sede, desejo sexual, etc. - são relacionadas à nossa necessidade de sobreviver. As de segurança - como salário, casa própria, plano de saúde, etc. - se relacionam às nossas necessidades reais e imaginárias.  
Essa teoria tem sido amplamente aceita nos meios científicos nos últimos 50 anos, mas atualmente vem sendo alvo de severas críticas desfavoráveis, como veremos nos textos que serão a continuação deste. 

A seguir: "Diferenças individuais - Parte 2: As críticas contra a teoria de Maslow"

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