sexta-feira, 30 de abril de 2010

Diferenças individuais - Parte 2: As críticas contra a teoria de Maslow

Continuação do texto anterior

Segundo Abraham Maslow, o comportamento motivacional se deve às nossas necessidades pessoais e resultam de fortes influências de estímulos sobre nós, e esses estímulos nos levam a uma ação ou reação. De acordo com essa teoria, é preciso que um estímulo seja implementado em nós para que pratiquemos uma ação ou reação que tanto pode ser oriunda de nosso próprio organismo como de causas externas. Maslow ensinava também que se esse ciclo emocional não se realizar, o indivíduo poderá ser tomado por um profundo sentimento de frustração que poderá gerar atitudes como comportamento ilógico, agressividade causada por insatisfação, nervosismo, insônia, distúrbios digestivos e na corrente sanguínea, falta de interesse por objetivos e tarefas, passividade, moral baixa, má vontade, pessimismo, insegurança, falta de disposição para colaborações, etc. Por outro lado, sua teoria também nos diz que se a necessidade individual não for satisfeita e  não ocorrerem situações como estas, isto significa que a pessoa não permanecerá frustrada por muito tempo: de alguma forma, a necessidade será transferida ou compensada.
Maslow considerava que a motivação é constante e cíclica, e que nossas necessidades ocorrem em diferentes níveis de importância e de influência. Esses níveis de importância estão dispostos numa pirâmide onde os mais importantes são os mais baixos. Desta forma, na sequência dos níveis mais importantes para os menos importantes, estão na base da pirâmide as necessidades fisiológicas (alimentação, repouso, etc.), que constituem a necessidade de sobrevivência do indivíduo. Acima da base, estão as necessidades de segurança, que constituem a necessidade de proteção pessoal. Acima desse nível, vem o das necessidades sociais (associação, participação, aceitação por parte de outras pessoas, trocas de amizade, de afeto, de amor, etc.) 
Na sequência, incluídas no mesmo nível, estão as necessidades de status e de estima. Estas incluem necessidades como as de auto proteção, auto estima, auto confiança, respeito, prestígio, consideração e confiança perante a sociedade e o mundo. A necessidade de auto avaliação se traduz no fato da pessoa precisar realizar seu próprio potencial de independência e de autonomia.

Críticas às opiniões de Maslow

Ainda hoje a teoria de Maslow é muito defendida por especialistas em estudos sociais e psicológicos. Por outro lado, ela também tem sido alvo de críticas severas de vários autores. Muitos destes dizem que, ao formular sua teoria, Maslow não considerou que as necessidades estudadas são individuais, ou seja, variam de acordo com cada pessoa. Outros dizem que ele não considerou as diferenças culturais, lembrando que na cultura japonesa, por exemplo, as necessidades afetivo sociais estariam na base da pirâmide.

Diferenças culturais entre as famílias que nós conhecemos

Quando se fala em diferenças culturais, eu lembro que nem é preciso citar culturas de outros países. Basta observarmos as famílias que nós conhecemos, que moram num mesmo bairro. Algumas costumam ouvir música em volume de som muito alto, outras preferem o contrário para não incomodar vizinhos; em algumas, ensinam-se regras às crianças sobre como se comportar à mesa durante um almoço ou um jantar, mas muitas dessas regras são características culturais apenas de uma determinada família. Em outras, são ditadas aos adolescentes regras sobre como se vestir, como andar, como falar, etc. 
Em cada família, há sempre uma tentativa de imposição de regras de etiqueta e outros hábitos culturais que, embora sejam muitas vezes diferentes em relação às das outras, quase sempre geram reações principalmente por parte dos jovens. Isto me faz lembrar aquela parte da teoria de Maslow que diz que nossas reações podem ser provenientes de nosso próprio organismo e de agentes externos.
Após a abordagem sobre a teoria de Herzberg e a comparação desta com a de Maslow, tornar-se-á mais fácil entender o que esses conhecimentos tem a ver com ética empresarial. Tal comparação nos possibilitará fazer uma melhor análise sobre a necessidade de reconhecimento dos valores dos profissionais de uma empresa ou organização. 

A seguir: "A teoria de Herzberg"   

Fonte: "Teoria de Maslow", de Daniel Portillo Serrrano.

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