quinta-feira, 6 de maio de 2010

A teoria de Herzberg

Continuação da série de artigos
sobre necessidades primárias e secundárias.

Na década de 1960, ao elaborar sua teoria, Frederick Herzberg considerou os fatores higiênicos e os motivacionais como os principais determinantes do comportamento das pessoas nos ambientes de trabalho. Segundo Herzberg, os fatores higiênicos são extrínsecos às pessoas, ou seja, são provenientes de causas externas ao organismo humano mas internas em relação ao local de trabalho. Entre esses fatores consideram-se salários, benefícios sociais, condições de trabalho, modelos de gestão e principalmente os relacionamentos entre colegas de trabalho. São fatores que, mesmo não causando insatisfação, também não geram satisfação. É o caso do salário que, mesmo sendo muito bom, nem sempre garante a satisfação do profissional. 
Os fatores motivacionais são relacionados a sentimentos de auto realização e reconhecimento. Sua existência gera satisfação, mas sua inexistência não chega a causar insatisfação. 

As críticas a Herzberg

Tal como acontece com a teoria de Maslow, a de Herzberg também tem seus defensores e tem sido alvo de críticas negativas. Os contrários a ela dizem que os sentimentos das pessoas estão relacionados aos seus próprios talentos e que as sensações de insatisfação se devem a "inimigos externos". Isto quer dizer que aqueles que discordam de Herzberg acreditam que os sentimentos de satisfação e de insatisfação se relacionam ao ego.
"Ego" é o nome dado ao que se pode considerar como o centro da consciência de uma pessoa. A psicanálise o descreve como a parte mais superficial do interior de um ser humano, sendo por isto a parte interior mais exposta a influências externas por meio dos sentidos de olfato, tato, visão, audição, paladar - que geram o sentido de percepção. Segundo os psicanalistas, quando a pessoa se torna consciente dessas influências externas, estas são percebidas como comprovações da realidade, as quais são aceitas, mas de forma controlada e seletiva, através de desejos e exigências vindas de impulsos do "id".
O "id" é a fonte da energia psíquica também conhecida como "libido". Constitui-se basicamente por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Funciona com base em princípios do prazer e, ao mesmo tempo, da busca pelo prazer tentando evitar contrariedades. Numa situação assim, o indivíduo não faz planos, não tem paciência para esperar, busca soluções imediatas, não aceita frustrações nem inibição. 
Verifica-se, assim, uma falta de percepção da realidade, o que leva a pessoa a se satisfazer através da fantasia, desprezando juízo, lógica, valores e princípios éticos. Evidentemente isto é péssimo para a própria pessoa e para tida a empresa ou organização. 
Neste caso, cabe ao líder da equipe da qual essa pessoa faz parte a tomada de decisões com base me princípios de justiça. Este é o tema do próximo artigo. 

A seguir: "A justiça na empresa"

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por prestigiar este site!